A Poesia Que Sinto!

Gosto de brincar com as palavras...Para mim, é um jogo onde coloco tudo o que sinto!A conselho dos Amigos, decidi criar este Blog para dar a conhecer e partilhar o que escrevo.
Desejo a quem ler, bons momentos de poesia e que se divirtam tanto como eu me diverti a fazê-la!
Letinha

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O Silêncio!

Silêncio!


O silêncio é barulhento
Muita conversa ele tem
É no silêncio que escuto
Os sentimentos de alguém!
E se a conversa nos diz
O que vai no pensamento
O silêncio nos indica
Como está o sentimento...

Já os antigos diziam
Com muita sabedoria
O silêncio é de ouro
A conversa, alegria!
E falando o que sinto
Posso até aldrabar
Silenciando, não minto
Deixo meus olhos falar!



Letinha
Outubro 2006

Aumentos!

Aumentos!


Sim Senhor!
É de valente!
Os aumentos para o ano
São para brincar com a gente!

Quem trabalha e tem família
P'ra sustentar e criar
Leva aumentos de miséria
Não pode muito gastar
E além dessa "esmola"
Que recebe, p'ra se calar
Leva também com aumentos
Dos bens que vai precisar...

É a luz que, de noite,
Nossas casas alumia
É a água que precisamos
Para o nosso dia a dia
São os transporte que sobem
Não podemos viajar
É o pão que alimenta
E também vai aumentar...

Assim vive o Zé Povinho
Deste nosso Portugal
Mas o Governo, coitadinho
Tentando imitar o vizinho
Não pode viver tão mal!

Representa a Nação
Neste Mundo actual
E precisa de um dinheirão
P'ra mostrar na União
Como se vive em Portugal

E também mostra "pobreza"
Um "carocha" já passado
Por isso a "ministrada"
Anda muito bem instalada
Num Ferrari importado!

E para que esses gostos
Não sejam hipotecados
O Povo aperta o cinto,
Anda magro e faminto
Com cara de desgraçado!

Eu já sei que vou fazer
Com a verba esperada!
Encosto o meu "carocha"
Como só uma "sandocha"
E ao sol posto, estou deitada!

E mais me atrevo a fazer
Com o aumento que me dão
Vou pedir à C.E.E.
Subsídio para o Zé
Andar de burro, pois então!

Letinha

Independência!

Poema dedicado à Terra que me criou, com muito respeito e Saudade!


Independência

Como um filho que cresceu
E sentiu no seu pensar
Ser capaz de viver sozinho
Bater asas e....voar
Foi isto que aconteceu
À terra do meu viver
Cresceu, desenvolveu
E a Independência quis ter

30 Anos se passaram
Desde o dia em que tomou
Nas suas mãos, o destino
Do povo que ali ficou!
Não tenho a pretensão
De palpitar na política
Apenas uma observação
Humana, real e crítica!

A liberdade é um direito
De qualquer povo, afinal
Não querer sentir o jugo
De uma terra colonial
Até compreendo bem
Essa vontade de um povo
De se querer governar
De querer ser país novo!

O que não compreendo
É que para acontecer
Essa vontade legítima
Esse povo sofra tanto
E tenha chorado tanto
Passando a ser a vítima!

O crescer é sofrimento
Desde o nascer ao morrer
Mas não se fica indiferente
Ao ver um "filho" sofrer
E choramos cá por dentro
Não podendo nada fazer
Desejando bem no fundo
O final desse sofrer....

Angola!
Meus parabéns!
Pela tua Liberdade
Desejo-te toda a Ventura
Vai daqui minha Saudade!
E mais te desejo ainda
Que possas desenvolver
No coração, a Esperança
Na mente, o Querer Ser!

Ao Povo da terra amada
Que, com Amor me criou
E me ensinou que na Vida
Só resta o que se amou
Desejo muita vontade
De continuar a lutar
Não com as armas na mão
Mas com o espírito de criar

Segue em frente, Minha Angola
Não páres na tua senda
Nem deixes que outra gente
Te encurrale e te prenda!
Tens a tua Liberdade
És Povo, és UM PAÍS
Trabalha, luta por ti
E que sejas MUITO FELIZ!

Letinha
8/11/2005

Orgulho!


Orgulho!


No tempo em que me criei
Tinha-se orgulho em Portugal
Nesta Pátria, que era Mãe
E na bandeira nacional

E por muito que argumentem
Os “progressistas” de agora
A verdade é que os Valores
Foram-se todos embora!

Já não se respeita a bandeira
Como símbolo nacional
O Hino já é cantado
Em um qualquer festival
O orgulho em falar
A Língua de nossos pais
Só está no deturpar
Tentando assim entrar
No Guines de erros brutais!

E que dizer do respeito
Pelo sangue derramado
Pelo esforço e pelo feito
Dos heróis do nosso Passado?
Foi de vez! Pois esta gente
Que agora faz a História
Quer mostrar que é diferente
E que o Passado existente
Não pode ficar na Memória!

Desde Viriato, o Guerreiro
Passando p’lo Conquistador
Chegando a João, o Primeiro
Até João, o Restaurador
Todos eles demonstraram
P’la Pátria, amor maior
E que neste canto europeu
Havia um povo de valor!

O sol nunca se punha
Em terras de Portugal
Até o sol respeitava
A bandeira nacional…
Heróis da Nossa História
Que à Pátria deram Vida
Tentam apagar da Memória
De uma juventude perdida!

Não há bússola ou portulano
Que os consiga guiar
Sem exemplos para olhar
Anda tudo no engano
Do dinheiro, esse magano
Que os Valores quer apagar!

Letinha
Jan. 2007